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Webinário “50 anos pela via crucis: um corpo-texto que se inscreve na história”

Para celebrar os 50 anos de lançamento do livro A via crucis do corpo (1974), de Clarice Lispector (1920-1977), a doutoranda Patricia Rodrigues de Souza, vinculada ao Programa de Pós-Graduação em Letras da Universidade Federal do Ceará (UFC), realiza no dia 14 de dezembro, das 9h às 12h, o webinário “50 anos pela via crucis: um corpo-texto que se inscreve na história”.
O objetivo de Patricia é explorar sua investigação em torno da literatura de Clarice Lispector e sua interface com o cinema para fomentar e mediar leitura. Os interessados devem se inscrever por meio de formulário on-line até 10 de dezembro. São disponibilizadas 35 vagas, que serão preenchidas por ordem de inscrição.
O webinário será realizado pela plataforma Google Meet e dá direito a certificado de seis horas-aula aos participantes. Mais informações podem ser obtidas pelo e-mail onarrardeclarice@gmail.com.
“Este evento é voltado à celebração da vida e da obra de uma das escritoras mais consagradas do cenário da Literatura Brasileira, trazendo à tona uma obra menos conhecida e mais polêmica. Mulher à frente de seu tempo, a grande bruxa de nossas Letras soube trabalhar a alquimia das palavras como poucos, buscando exprimir o inexprimível mundo da alma humana, tão sombrio como fascinante”, informa Patricia.
SOBRE O LIVRO – Clarice publicou em 1974 um livro considerado “lixo”,que trazia contos “contundentes” sobre um tema tabu até os dias atuais: o sexo. Esses textos destoavam da Lispector de marca autoral introspectiva. Seria, de fato, um desvio criador? Era um tratamento sexual coberto pelo véu do erotismo, tema esse que o renomado escritor francês George Bataille interpreta não como algo à parte do homem, mas um aspecto da vida interior. Seria uma pista de leitura para buscar entender Clarice?
A via crucis do corpo tem um título que remete à uma intertextualidade com o Novo Testamento, que narra a via sacra de Jesus até sua crucificação, teria alguma relação conosco? Pelo menos, um conto da coletânea é taxativo ao dizer “todos passam pela via crucis”.